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A
comunicação por sinais ou pela fala cedo se mostrou insuficiente quando era
necessário o envio de mensagens à longa distância. O aparecimento da escrita
foi um dos marcos da evolução que permitiu a troca de documentos e também a
necessidade do seu transporte. Segundo
documento encontrado em 1888, foi a civilização egípcia que deu início à
história dos correios. Algumas pranchetas de barro com inscrições em
hieróglifos foram encontradas nas ruínas da cidade de Amarna, por uma
camponesa. Especialistas que estudaram as peças verificaram que os egípcios
enviaram, por meio delas, suas mensagens para os pontos distantes do país. Esse
processo foi mais identificado a partir da 19ª Dinastia. As cartas enviadas
eram gravadas em baixo relevo, sobre ladrilhos de cerâmica. Mensageiros
percorriam o império egípcio para entrega de correspondência, a pé, por
estradas perigosas, sujeitos a salteadores. Depois dos egípcios, o correio foi
adotado pelos persas, utilizando mensageiros a cavalo, para a entrega da
correspondência. Também os gregos, fenícios e cretenses tiveram seus serviços
postais. O primeiro serviço de correspondência aérea foi dos fenícios e
cretenses, que utilizavam pombos e andorinhas.
Os historiadores, porém, apontam os chineses como os pioneiros das
comunicações postais, com serviços regulares de correio, por volta do ano 4.000
antes de Cristo. As primeiras mensagens foram esculpidas em pedra passando,
progressivamente, a serem inscritas em argila e em rolos de papiro. Apareceram
os primeiros sinetes ou chancelas que autenticavam o documento e autorizavam a
estafeta, em geral um militar, a transportá-lo. Este transporte de mensagens
era privilégio exclusivo de Reis e Imperadores. Quando os nobres começaram a
poder utilizar os Correios Reais no século XVI, em plena Idade Média, o serviço
de correio desenvolveu-se em toda a Europa. Na Alemanha, o Imperador
Maximiliano I concede a um nobre italiano o direito de transportar cartas,
acabando assim o privilégio que existia só para alguns.
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